quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Será que a Língua Influencia os Hábitos de Compra dos Consumidores?

Tradução e texto: Patrícia Fanaya

Em meados de 2005, a Wordbank, empresa global especialista em localização, divulgou os resultados de uma pesquisa sobre hábitos de consumo, realizada por meio de mais de 1.250 entrevistas com consumidores na Europa, Ásia, América do Sul e Oriente Médio. O objetivo do estudo era descobrir mais sobre os impactos da língua no comportamento de compra dos consumidores.
Alguns resultados interessantes foram encontrados:
  • 81% dos entrevistados esperavam que as empresas que quisessem vender produtos e serviços em seus países se comunicassem com eles em suas línguas nativas;
  • Quando confrontados com dois produtos similares, 73% dos entrevistados estariam mais propensos a escolher e comprar aquele que apresentasse informações em sua língua nativa;
  • Sete entre dez entrevistados concordaram que não comprariam um produto se não entendessem a embalagem;
  • Os consumidores são negativamente influenciados pelas más traduções. 61% relutariam em comprar um produto que tivesse informações mal traduzidas para sua língua nativa;
  • 71% dos entrevistados disseram estar mais propensos a comprar uma mesma marca de produto se o serviço de pós-venda fosse oferecido em sua língua-mãe;
  • Apenas 43% dos entrevistados responderam que comprariam uma marca global que não oferecesse informações em sua língua nativa em detrimento de uma marca relativamente menos conhecida que oferecesse informações em sua língua-mãe;
  • Quando confrontados com a possibilidade de escolha entre dois produtos similares, apenas 1/3 dos entrevistados disseram que comprariam o mais barato mesmo que este não trouxesse informações em sua língua nativa;
  • As três principais categorias de produtos/ serviços que os consumidores consideraram fundamental que se comunicassem com eles em suas línguas nativas foram: serviços bancários e financeiros (86%); produtos farmacêuticos e de beleza (78%) e eletrônicos (73%);
  • Esses segmentos são seguidos de perto por: soluções empresarias (71%); equipamentos domésticos de entretenimento (71%) e hardware e software (71%);
  • Os segmentos nos quais os consumidores estão menos preocupados em terem informações fornecidas em suas próprias línguas foram: equipamentos esportivos e para exercícios (42%); roupas vendidas por catálogo/ correio (46%); atividades de lazer e entretenimento (49%);
  • Das 39 línguas cobertas pelo estudo, informações e comunicação na língua nativa foram consideradas mais importantes para aqueles que falavam português, seguidos pelos que falavam espanhol e alemão;
  • Consumidores dos países Bálticos e Escandinavos foram os que pareceram se incomodar menos com a comunicação de produtos e serviços não realizada em suas línguas nativas;
  • Quanto mais velho o consumidor, mais importante é que a comunicação seja realizada em sua língua nativa;
  • Existe uma correlação direta entre o conhecimento que o consumidor tem da língua inglesa e sua maior ou menor necessidade de se comunicar em sua própria língua. 98% daqueles que não conhecem a língua inglesa querem que a comunicação seja feita em sua própria língua, bem como 3/4 daqueles que são fluentes em inglês.

É importante dizer ainda que 82,4% dos entrevistados tinham acesso à Internet; 45% eram homens e 55% mulheres; as idades variaram entre 25 a mais de 60 anos e 32,7% eram fluentes em inglês.

Fonte: www.wordbank.com

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