sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Custos com localização podem ser reduzidos à metade

Informações disponíveis no mercado indicam que quando o processo de internacionalização é realizado de forma apropriada, os custos subseqüentes com a localização é reduzido, em média, em 50% e o tempo necessário para o processo, reduzido à metade. Outra maneira de se enxergar a questão é saber que, caso não se trate de algumas adaptações em produtos e serviços ainda na fase de internacionalização, a empresa terá que consertar as falhas posteriormente nas versões a serem localizadas. Um problema que teria custado 'x' para ser adaptado durante a fase de internacionalização, custará 20 'x' para ser consertado durante o processo de localização, e se essas modificações não forem realizadas na fonte, poderá custar mais 20 'x' da próxima vez que a empresa precisar de outra versão localizada do projeto.

Você sabe como trabalha o 'localizador'?

O localizador trabalha com:

1. A revisão dos mercados-alvo com o objetivo de identificar os requisitos lingüísticos e culturais locais;
2. A análise completa dos projetos com o objetivo de determinar as áreas que necessitam ser adaptadas;
3. Com a extração de textos (ou partes deles) e/ou de qualquer outro material visual ou sonoro que seja lingüística ou culturalmente sensível àquela situação de comunicação;
4. A tradução e modificação dos elementos da mensagem;
5. A reengenharia do projeto gráfico/ visual com o objetivo de (re) adequá-lo ao novo conteúdo mercadológico (ex.: redimensionamento de menus, barras de ferramentas ou botões com o objetivo de acomodar novos textos ou elementos visuais);
6. O teste da nova versão (ou edição), direcionada ao novo mercado, com o objetivo de assegurar os mesmos padrões de qualidade da versão ‘original’.

Você sabe o que é... Localização?

Localização é a adaptação de produtos e serviços a um mercado e cultura específicos. As adaptações vão muito além da língua (tradução) e incluem mudanças em toda e qualquer informação que possa comprometer o entendimento que o consumidor venha e ter do produto ou serviço em questão. Moedas, gráficos, datas, endereços, números de telefone entre outros detalhes corriqueiros, podem representar uma grande dor-de-cabeça para empresas que se pretendam transnacionais. Não raras as vezes em que as necessidades de adaptações locais exigem mudanças físicas em fórmulas e embalagens de produtos. Caso as empresas não antecipem certos cuidados em relação a seus produtos e serviços ainda na etapa de internacionalização, pode acontecer de a localização se tornar, posteriormente, um processo difícil, despendioso e demorado.

domingo, 31 de agosto de 2008

Estudo pede mudanças nas campanhas contra pirataria

ELVIRA LOBATO da Folha de S.Paulo, em Brasília

Estudo realizado pelo Instituto Akatu e patrocinado pela Microsoft aponta a necessidade de reformular as campanhas contra produtos falsificados no Brasil, a começar pelo menor uso da palavra pirataria. A nova abordagem vai apelar ao sentimento de ética e atacar o "jeitinho brasileiro" e a "cultura de permissividade".
No estudo, os pesquisadores do Akatu constataram que as propagandas contra pirataria veiculadas hoje tendem a "cair no vazio" porque "responsabilizam o consumidor" e passam a idéia de que a sociedade "transfere responsabilidade".
O diagnóstico, então, indica que o consumidor brasileiro compra produtos piratas mesmo sabendo que a atividade tem relação com o crime organizado e sonega tributos. A desconfiança dos consumidores com o destino dos impostos, a venda de produtos piratas à luz do dia e uma sensação de que a compra ajuda o camelô também são aspectos presentes entre as pessoas que compram itens falsificados.
Como o ataque à pirataria em si não vem trazendo resultados, governo e empresários devem adotar campanhas focadas em ética e desigualdade. Uma das maneiras de conscientizar a população sobre o uso de produtos piratas será relacionar pequenos deslizes a grandes crimes.

Crianças brasileiras ficam mais de 19h na internet por mês

DANIELA ARRAIS da Folha de S.Paulo

As crianças brasileiras passam cada vez mais tempo na internet. No último mês de julho, gastaram cerca de 19h28min na frente do computador, acessando, principalmente, redes sociais, mensageiros instantâneos e sites de jogos, segundo o Ibope/NetRatings.
Pedro Teixeira Botelho, 6, faz parte desse grupo. Aos três anos, antes mesmo de se alfabetizar, o menino já possuía um computador, pelo qual acessava sites de jogos e desenhos.
Alex Almeida/Folha Imagem
Irmãos Paulo, 9, e Dora Galvão de França Amaral, 12, dividem o tempo no micro; crianças brasileiras ficaram 19h28min no PC
Hoje, o aluno da primeira primeira série do ensino fundamental também usa o Skype para falar com amigos e família. "Para ele, a tecnologia é tão natural quanto uma geladeira. E isso é bom", diz o pai de Pedro, o analista de sistemas Marcelo Teixeira Botelho, 40. "Mas, ao mesmo tempo, o uso que ele faz da internet é muito intenso. Então temos que supervisionar e colocar algum freio."
Números
Cerca de 2,5 milhões de crianças de dois a 11 anos navegaram na internet residencial brasileira em julho deste ano --o número equivale a 10,6% do total de pessoas que acessaram a rede e representa um aumento de 2h02 minutos na navegação dos pequenos, em relação ao mesmo período do ano passado. Os meninos são os que passam mais tempo no micro, enquanto as meninas consomem mais páginas.
Em comum, está o uso que os pequenos fazem da internet. "Eles costumam usar redes sociais, como o Orkut [cujo termo de uso afirma que o cadastro é para maiores de 18 anos], jogos de simulação de realidade e mensageiros instantâneos, além de fazer pesquisas", diz José Calazans, analista do Ibope/NetRatings.
Atrás do Brasil, está o Japão, onde cada criança gasta cerca de 14 horas por mês com atividades on-line.
"As crianças de hoje e as de antigamente são as mesmas, mas enfrentam realidades diferentes. Hoje elas são desterritorializadas, passam a viver em um ambiente simulado e aprendem a se socializar com a internet", diz Calazans.